Sobre nós
A agricultura familiar e o verde da mata atlântica ainda estão presentes, trata-se de uma região, ao sul da cidade de Paraty, extremo sul do litoral fluminense, onde pequenos produtores cultivam alimentos agroecológicos e preocupam-se com os remanescentes de matas preservadas. É neste cenário que localiza-se a comunidade de caiçaras chamado "Praia de Ponta Negra".
Tem como objetivo oferecer uma nova proposta de turismo, baseada no desenvolvimento sustentável e na agricultura familiar agroecológica. A iniciativa surgiu na busca em oferecer novas alternativas de geração de renda aos produtores que vivem na zona rural do município, uma experiência de turismo de base comunitária, coordenada pela Associação.
“Ecoturismo é a arte ligada a capacidade de contemplar a natureza, respeitando-a e conservando-a de maneira que o convívio entre o homem e a mesma seja harmonioso e educativo”.
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Sobre mim
A família do Cauê Villela, proprietário da Olhar Caiçara Turismo, são moradores tradicionais de uma vila de Caiçaras conhecida como Ponta Negra no Municípios de Paraty - RJ, essa família como outras da região se originou a cerca de mais de 200 anos segundo relatos passados de pai para filho, pois não era habitual o registro em cartório devido a grande distância da cidade.
Descendentes diretos de europeus, sua família vem de longas datas, onde ali aportaram e optaram por ficar, muito conhecidos na região, um dos exemplos é a senhora Benedita Maria da Conceição, Bisavó do Cauê Villela, hoje falecida, chegou a incríveis 109 (Cento e nove anos) e onde foi a primeira e única parteira da região, na época o hospital mais próximo se dava na cidade Paraty, a qual não era tão simples chegar uma vez que não existia a BR 101, hoje liga até a comunidade vizinha chamada Laranjeiras, ou seja, todo o traslado era feito de canoa a remo, extremamente perigoso, levava cerca de 03 (três) dias de viajem só para chegar a Paraty e mais 03(três) para seu retorno, dessa forma e por tamanha dedicação tornou-se uma espécie de maternidade humana das mulheres gravidas da região, não só de Ponta Negra mas das praias vizinhas, como a Praia do Sono e arredores, ganhando o cognome dos moradores mais antigos como “Dona Mãezinha”.
Seus descendentes continuam e residem até hoje na comunidade, outros membros da família somaram-se como referência na comunidade como o Sr. Antônio Villela da Conceição (Filho da Dona Mãezinha) ao qual muitos se reportavam como o “homem do tempo”, por tamanha experiência em observar as mudanças climáticas na comunidade e seu possível desfeche, praticamente nunca errava uma previsão do tempo, sem o auxílio de qualquer Aparelho eletrônico, pois não existia energia elétrica, a qual permanece sem até os dias atuais, ou ajuda externa, o que fazia toda a diferença em situações rotineiras, nas pescarias e coisas mais simples como roupas no varal.
Sr Antônio e sua esposa Nadirema Villela da Conceição, (Vó do Cauê) foi a primeira pessoa da comunidade que criou uma espécie de mini mercado em sua própria casa para atender a necessidade de coisas básicas que os moradores necessitavam, como querosene ou vela, pois não havia energia elétrica na época.
Sra Nadirema morou até os 11 anos em uma praia próxima chamada Pouso da Cajaíba, quando explicamos até os 11 anos é porque marca a data com que se casou com o Sr. Antônio e foi morar em Ponta Negra. Desse casamento nasceram 23 (Vinte e três) filhos entre vivos e mortos, dos quais ainda estão presentes até os dias atuais, um desses filhos é a Sra. Laurides Villela da Conceição, mas conhecida por todos como a “Dona Biquinha”, a qual foi servidora pública do município de Paraty, por exatos 33 (trinta e três) anos na única escola municipal da comunidade de Ponta Negra. Sra. Laurides Villela da Conceição se casou com o Sr. Vanderlei Santos Chaves, conhecido por todos como (Leley), morador da cidade de Paraty, o qual conheceu a senhora Laurides em uma visita a Vila caiçara de Ponta Negra e se apaixonou pela linda moça assim como pelo local. Tiveram 03 (três) filhos Cauê, Cauana e Cauan.
Após 05 anos de casamento, em meados dos anos 70, chegou a esperada BR 101 o que possibilitou a ligação da cidade de Paraty com Ubatuba (RJ a SP), desenvolveu bastante a região e ativou a economia de Paraty, surgiu um movimento maior de turistas na região, em Ponta Negra muito timidamente também.
Sentido essa possibilidade de renda e de mostrar aos turistas a vida diferenciada dessas comunidades e suas belezas naturais, o Sr. Leley e Sra. Biquinha, por volta dos anos 90 começaram a modificar seu então rancho de pesca tradicional para servir pequenas refeições locais como peixe frito entre outros além de bebidas, de lá pra cá não pararam mais, construíram outras residências para locações, o restaurante cresceu, fecharam parcerias, trabalhando até os dias de hoje.
Educaram seus filhos e deram a eles a possibilidade de estudar, já que o ginásio teriam que fazer em Paraty, o que até hoje é bem difícil para os moradores das comunidades caiçaras, devido a grande distância, questões financeiras, entre outros. Mesmo com as dificuldades, todos os 3 filhos conseguiram terminar os estudos e o mais velho, Cauê Villela, entrou na faculdade de Biologia, mas não pode prosseguir uma vez que a faculdade era em Taubaté SP, a distância dificultou a conclusão do curso e dessa forma teve cursar Administração de Empresas em Paraty, visando trabalhar no ordenamento do turismo nessa região.
Cauê trabalhou em Paraty em ONGs como Associação Cairuçu, Casa da Cultura de Paraty e outros projetos sociais. Trabalha atualmente montando e ordenando toda a logística de fazer essa compilação de informações aos clientes para a visitação de Ponta Negra, a qual a conhece muito bem e que por se tratar de uma comunidade extremamente diferenciada de costumes, cultura e particularidades impares necessita de seu apoio. Com sua esposa, Yasmin Puchalski, administra uma escola de dança em Paraty com cerca de mais de 70 alunos de Ballet Clássico, Jazz, dança do Ventre e Street Dance.



